Parte
da gramática que estuda a significação das palavras.
SINONÍMIA
Característica de determinadas palavras
assumirem, num dado contexto, significação semelhante. Emprego de sinônimos.
Ex.: branco – alvo; forte – robusto; longo – comprido.
ANTONÍMIA
Palavras com sentido oposto. Emprego de
antônimos.
Ex.: alto – baixo; cedo – tarde; gordo – magro.
HOMONÍMIA
Propriedade do que é homônimo, ou seja, que
possui grafia ou a mesma pronúncia, ou mesmo as duas coisas a um só tempo.
Os
homônimos podem ser:
1) Homófonos:
mesma pronúncia, grafia diferente.
Ex.: seção (divisão) – sessão (reunião,
período de tempo) – cessão ( ato de ceder; doação); cela ( pequeno
compartimento) – sela ( assento para cavalgar); cinto (subst.) – sinto (verbo).
2) Homógrafos:
mesma grafia, mas pronúncia diferente.
Ex.: acordo (acerto -substantivo) – acordo
(despertar -verbo); reis (soberanos) – réis (moeda); deste (preposição “de” +
pronome “este”) – deste (verbo).
3) Perfeitos
(ou homófonos e homógrafos): mesma grafia e mesma pronúncia.
Ex.: são (verbo ser) –são (adjetivo –
saudável); casa (subst.. – lar) – casa (verbo – casar); manga (fruta) – manga
(da camisa).
HIPERONÍMIA
Hiperônimo
é o substantivo de sentido mais geral, que representa um grupo afim. Ex.: fruta
(representando todas as frutas); animal (representando todos os animais).
HIPONÍMIA
Hipônimo
é o substantivo de sentido mais específico, que representa um entre vários
elementos de um mesmo grupo. Ex.:
banana, maçã, laranja etc (são hipônimos do hiperônimo fruta); cachorro, gato, leão etc (são
hipônimos do hiperônimo animal).
PARONÍMIA
Propriedade do que é parônimo, isto é, muito
parecido. Eles não possuem nem a pronúncia nem a grafia iguais.
Ex.: eminente (ilustre, excelente) – iminente
(próximo, prestes a acontecer) – descrição (ato de descrever) – discrição ( ser
discreto).
POLISSEMIA
Característica de certas palavras assumirem
significações diferentes.
Ex.: paixão: sofrimento; sentimento imoderado;
amor violento etc.
Obs.:
Não confundir com os homônimos. Paixão é uma única palavra, proveniente de um mesmo termo da língua de origem (latim
PASSIONE). São e são provêm de
termos diferentes (latim SUNT e latim SANU). Portanto, são palavras diferentes.
CONOTAÇÃO
E DENOTAÇÃO
1)
Denotação:
sentido primitivo, dicionarizado.
Ex.: A flor é perfumada.
2)
Conotação:
sentido especial que adquire um termo; sentido figurado.
Ex.: Esta menina é uma flor.
Obs.:
A conotação é a base da linguagem figurada. No exemplo acima, temos um caso de metáfora. Outros exemplos:
Teus olhos são diamantes.
Iracema, a virgem dos lábios de mel.
A doçura
de suas palavras encanta-me.
A vida só lhe atirava pedras.
PRINCIPAIS HOMÔNIMOS
Acender
(iluminar, por fogo a) ascender
(subir)
Acento
(sinal gráfico)
assento (lugar para sentar)
Arrochar
(apertar)
arroxar (tornar roxo)
Broxa
(pincel)
brocha (prego)
Buxo
(árvore)
bucho (estômago)
Caçar
(perseguir)
cassar (anular)
Cegar
(tirar a visão de)
segar (cortar o milho, o trigo)
Cela
(cubículo; pequeno compartimento) sela (arreio, assento para
cavalgar)
Censo
(recenseamento) senso (juízo)
Cervo
(veado, gamo)
servo (escravo)
Chácara
(habitação campestre) xácara (
narrativa popular em verso)
Conserto
(reparo) concerto (audição
musical)
Cozer
(cozinhar)
coser (costurar)
Espiar
(olhar, observar)
expiar (sofrer pena)
Extrato
(que se extrai) estrato
(camada)
Incerto
(duvidoso)
inserto (inserido)
Insipiente
(ignorante)
incipiente (iniciante)
Intercessão
(interceder)
interseção (ponto de cruzamento)
Ruço
(pardacento)
russo (proveniente da Rússia)
Taxa
(imposto)
tacha (prego)
Xá
(soberano do Irã)
chá (bebida)
PRINCIPAIS
PARÔNIMOS
Assoar
(limpar o nariz)
assuar (vaiar)
Cavaleiro
(que monta cavalo) cavalheiro (cortês)
Comprimento
(medida) cumprimento (saudação;
ato de cumprir)
Delatar
(denunciar)
dilatar (estender; inflar)
Descriminar
(absolver; inocentar) discriminar
(separar; distinguir)
Despercebido
(não notado)
desapercebido (desprevenido)
Discrição
(relativo a discreto) descrição
(ato de descrever)
Emergir
(vir à tona; aparecer) imergir
(mergulhar; introduzir-se)
Eminente
(ilustre)
iminente (prestes a acontecer)
Estada
(permanência de alguém) estadia
(tempo de um navio no porto)
Flagrante
(no ato)
fragrante (aromático)
Fluir
(correr em estado líquido) fruir
(desfrutar)
Imérito
(sem merecimento) emérito
(que possui prestígio)
Infringir
(transgredir)
infligir (aplicar pena; castigo)
Intemerato
(puro)
intimorato (corajoso)
Lustre
(luminária)
lustro (cinco anos)
Mandado
(ordem)
mandato (gestão; procuração)
Peão
(operário)
pião
(brinquedo)
Precedente
(antecedente, anterior) procedente
(proveniente; que se justifica)
Preito
(homenagem)
pleito (disputa; eleição)
Proscrito
(expulso; banido; desterrado)
prescrito (ordenado, estabelecido;
prazo vencido)
Prover
(abastecer)
provir (vir de )
Ratificar
(confirmar)
retificar (corrigir)
Soar
(ecoar)
suar (transpirar)
Tráfego
(trânsito)
tráfico (comércio ilegal)
Vultoso
(volumoso) vultuoso (congestão da
face)
EMPREGO
DE HÁ/A
Emprega-se
há:
- quando faz referência a tempo passado.
Ex.: Não
o vejo há muitos anos.
- quando se trata do verbo haver. Ex.: Há quadros na parede.
Emprega-se
a:
- quando faz referência a tempo futuro. Ex.: Ele
chegará daqui a dois
dias.
- quando faz referência a distância. Ex.: Morava
a cinco quadras daqui.
EMPREGO
DE MAL/MAU
- Mau (adjetivo): Ele é um mau rapaz. (contrário de
bom)
- Mal
(substantivo ou advérbio): Você não sabe o mal que me fez. (contrário de bem)
Ele se comporta mal.
- Mal
( conjunção); Mal cheguei, ele saiu.
MAU / BOM
MAL/BEM
MAL/BEM
EMPREGO DE MAS/MAIS/MÁS
- Mas
(conjunção): Estudou muito, mas não conseguiu boa nota. ( porém,
contudo...)
- Mais
(advérbio ou pronome): O juiz precisou de mais provas para julgar.
Carlos
estudou mais que você.
- Más
(adjetivo): Elas são meninas más.
USOS DO PORQUÊ
Há quatro maneiras de se escrever o porquê:
porquê, porque, por que e por quê. Vejamo-las:
Porquê:
É um substantivo, por isso somente poderá
ser utilizado, quando for precedido de artigo (o, os),
pronome
adjetivo [meu(s), este(s), esse(s), aquele(s), quantos(s)...] ou numeral
(um, dois, três, quatro)
Ex.: • Ninguém entende o porquê de tanta
confusão.
• Este porquê é um
substantivo.
• Quantos porquês existem na
Língua Portuguesa?
• Existem quatro porquês.
Por quê:
Sempre que a palavra que estiver em final
de frase, deverá receber acento, não importando qual seja o elemento que surja
antes dela.
Ex. • Ela não me ligou e nem disse por
quê.
• Você veio aqui por
quê?
Por
que:
Usa-se por que, quando houver a junção da
preposição por com o pronome interrogativo que ou com o pronome
relativo que. Para facilitar, dizemos que se pode substituí- lo por por qual
razão, pelo qual, pela qual, pelos quais, pelas quais, por qual.
Ex. • Por
que não me disse a verdade? = por qual razão
• Gostaria de saber por
que não me disse a verdade. = por qual razão
• As causas por que discuti com ele são
particulares. = pelas quais
• Ester é a mulher por
que vivo. = pela qual
Porque:
É uma conjunção subordinativa causal ou conjunção
subordinativa final ou conjunção
coordenativa
explicativa,
portanto estará ligando duas orações, indicando causa, explicação ou finalidade.
Para facilitar, dizemos que se pode substituí-lo por já que, pois ou a
fim de que.
Ex. • Não
saí de casa, porque estava doente. = já que
•
É uma conjunção, porque liga duas orações. = pois
•
Estudem, porque aprendam. = a fim de que
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